Visita da Ministra da Coesão Territorial, Embaixador da China e SEDR ao Monte do Pasto
Março 29, 2023Reveja todos os momentos da Conferência!
Maio 23, 2023Conferência ‘Marcas e Inovação na Agropecuária – Diálogos Sustentáveis’ na Ovibeja com cerca de 200 participantes.
“Portugal tem produtos de altíssima qualidade. Devemos vender mais caro e a menos pessoas pela valorização das nossas marcas e origem”, defendem especialistas em conferência do Monte do Pasto.
“O que produzimos deve ser repercutido em valor”, foi a tónica central na conferência ‘Marcas e Inovação na Agropecuária – Diálogos Sustentáveis’, promovida pelo Grupo Monte do Pasto, líder na criação de bovinos em Portugal, e que decorreu esta quinta-feira, 27 de abril, no âmbito da 39ª Ovibeja – Comunicar, Um Grande Desafio para a Agricultura. No final do debate, os quase 200 participantes foram brindados com um show cooking à base de carne True Born pelo chef Pedro Sommer.
“Num período profundamente desafiante, o mundo é forçado a repensar o seu futuro. E como em todos os períodos de crise, rutura, mudança, surgem oportunidades que devemos aproveitar, enquanto setor e país: a origem, a autenticidade, a identidade, a elevada qualidade dos produtos agroalimentares portugueses… e valores como a dieta mediterrânea, a redução do desperdício, a economia circular, a agricultura como potenciador de valor, o aproveitamento da cada vez mais intensa inovação tecnológica sendo disso um exemplo a dupla utilização de terrenos agrícolas como catalisador ambiental e instrumento de valorização da terra”, afirmou Clara Moura Guedes, CEO do Monte do Pasto.
Para António Trindade, Presidente do Conselho de Administração da CESL ASIA, “Vivemos num mundo onde o conhecimento está facilmente disponível, ao alcance de todos. Investir em práticas sustentáveis, criar impacto positivo para o nosso ambiente e as nossas comunidades, proporciona maior retorno financeiro, e, como tal, não é apenas a coisa certa a fazer, é uma estratégia financeiramente inteligente.É assim que prosseguimos os nossos investimentos em Portugal, nas energias renováveis e em agricultura sustentável, empenhados em contribuir para a segurança alimentar e energética e a transição para uma economia de baixo impacto, que contribua para uma maior qualidade de vida das nossas comunidades”.
No primeiro painel, dedicado ao binómio comunicação vs. valor na indústria agropecuária e que colocou frente a frente dois debatentes improváveis, Guta Moura Guedes, Co-Fundadora e Chairwoman da Experimenta, e Eduardo Diniz, Diretor Geral do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP) do Ministério da Agricultura, tendo como ponto de partida o Primeira Pedra,projeto disruptivo de valorização, comunicação e internacionalização que transformou a cadeia de valor da indústria portuguesa da pedra, ficou patente que “Na pedra ou no agropecuário, somos um pouco os subempreiteiros das marcas internacionais. Importa valorizarmos o país extraordinário que temos, a nossa qualidade e identidade. Falta apenas aprendermos a contar e a comunicar bem as histórias e a puxar pela autoestima. Portugal não tem dimensão, mas tem elevadíssima qualidade. Seremos sempre um nicho e, por isso, devemos vender mais caro e a menos pessoas pela valorização das nossas marcas. A agricultura tem um enorme potencial de transformação nesse sentido.”
O debate promovido pela Monte do Pasto contou com um grupo diverso de conceituados empresários, especialistas e académicos que, reunindo experiências de setores e atividades variadas, aceitou o desafio de contribuir ativamente para uma reflexão criativa sobre o futuro do setor agropecuário e agroalimentar em Portugal. Estiveram igualmente em foco temas emergentes da indústria agropecuária e agroalimentar como (i) a transição energética (via AgroPV e dupla utilização da terra), (ii) a proteção da biodiversidade e os modelos de produção integrada do “prado ao prato” (ex: Ethical Meat), (iii) as novas tecnologias de criação inteligente que permitem criar produtos mais sustentáveis ao mesmo tempo que recolhem dados que permitem uma comunicação transparente com os consumidores e ainda (iv) a importância estratégica das marcas para a valorização da produção agroalimentar nacional e para a sua expansão no mundo e o impacto de marcas e plataformas de inovação tecnológica e colaborativa, com os exemplos dos Açores e do Fundão.